Comunidades unidas, resilientes e sustentáveis!
As comunidades ou tabancas são as unidades organizacionais da Guiné-Bissau, visto que a maioria da população vive em meio rural. Nestas, estabelecem-se fortes redes de relação que são veículos preferenciais para a adopção de novos conhecimentos, praticas e comportamentos. É no centro das comunidades que se desenvolvem os mecanismos de educação e o desenvolvimento da cultura e costumes: Formas de estar, vestir, celebrar e cozinhar passam de geração em geração, adaptando-se às exigências e desafios. A Guiné-Bissau possui uma riqueza cultural inigualável devido à existência de mais de 15 etnias que povoam este pequeno país. No entanto, muitos são os desafios que as comunidades enfrentam, especialmente quando a fome e a pobreza assolam os seus membros mais capazes. Estes procuram soluções que tragam prosperidade: procura de emprego nas grandes cidades, emigração regular ou irregular, entram em atividades menos lícitas ou expõem-se a situações que colocam a sua vida em risco. Comunidades unidas e resilientes são lugares seguros e têm membros que conhecem os seus direitos e são capazes de procurar soluções apropriadas para os seus problemas. Vivemos momentos de instabilidade e nestes o foco será nas soluções e potencialidades em vez de nos problemas. O trabalho árduo e em grupo trará mais prosperidade. “Nunca antigas soluções resolveram novos problemas”.
Os projetos de saneamento da ADPP-GB trabalham com crianças, pais e comunidades, promovendo o crescimento e o desenvolvimento das crianças. Este projeto é orientado para a comunidade e coloca o controlo dos processos de desenvolvimento e a tomada de decisões nas mãos das pessoas envolvidas.
O saneamento é importante para todas as comunidades, ajudando a manter a saúde e aumentando a esperança média de vida. Em 2021, as equipas dos projetos alcançaram 120 915 pessoas em 650 comunidades na mobilização para eliminar a defecação ao ar livre.
258 comunidades estão prontas para serem declaradas Livres de Defecação ao Ar Livre e 350 ativistas das comunidades mobilizadas tiveram formação sobre o perigo da defecação ao ar livre.
As comunidades continuarão a sua Participação e Educação da Comunidade (PEC).
O projeto foi financiado pela União Europeia, com a TESE (Associação para o Desenvolvimento) como implementador líder da ação Ianda Guiné! Lus ku Iagu.
Desenvolvimento Económico
Angariação de Fundos da ADPP-GB, venda de roupas e calçado em segunda mão na Guiné-Bissau
O objetivo deste projeto, que começou em 1986, é gerar fundos para contribuir para o financiamento de projetos de desenvolvimento da ADPP-GB na Guiné-Bissau, importando e vendendo roupas e calçado em segunda mão. Ao mesmo tempo, contribui para o consumo sustentável no mundo, através da reutilização dos recursos naturais (ODS 12) e contribui para assegurar que a maioria das pessoas na Guiné-Bissau tem a possibilidade de comprar roupas em segunda mão de boa qualidade a preços acessíveis.
Este projeto visa ainda doar roupas e calçado a vítimas de catástrofes, mediante o pedido do Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social ou de outras entidades oficiais, e promover oportunidades de autoemprego para os jovens.
O projeto está em curso segundo um acordo com o Governo da Guiné-Bissau, renovado em 2021 por um período de cinco anos, permitindo que a ADPP-GB realize atividades comerciais com a finalidade de angariar fundos para a implementação de projetos de desenvolvimento.
Fazendo parte deste acordo, existe um Fundo de Contrapartida para o desenvolvimento económico e social, que apoia as organizações locais de Oio, a administração local de Oio, projetos da ADPP-GB em Oio e a Escola de Formação de Professores de Cacheu.
Desde 2020, o projeto de roupas e calçado em segunda mão faz uma divisão das roupas em diferentes categorias. Isto facilita os vendedores a obterem exatamente o que precisam para o seu negócio. Em 2021, foram importadas 1165 toneladas de roupas e calçado sendo que 609 toneladas foram separadas em pequenos fardos de 40 a 45 kg.
Foi dada assistência de emergência a pessoas em prisões e prestada assistência social a mulheres e pessoas cujas casas foram destruídas por incêndio. Foram distribuídos pelo Ministério das Mulheres, da Família e da Solidariedade Social 4950 kg de roupa e calçado.