A Guiné-Bissau, apesar de ser um dos países mais pobres do mundo, é um viveiro de resiliência e criatividade, onde o espírito empreendedor é uma necessidade.
As metodologias e serviços da ADPP-GB apoiam grupos e indivíduos na aquisição de conhecimentos e competências para fazer negócios de sucesso.

Angariação de fundos da ADPP, venda de roupas de segunda mão na Guiné-Bissau.
A ADPP-GB iniciou, em 1988, o projeto de angariação de fundos através da venda de roupas & calçados de 2ª mão. Esta iniciativa surgiu inicialmente para atender a emergências e gerar um pequeno rendimento para a implementação de projetos na Guiné-Bissau.
O projeto de roupas & calçadas de 2ª mão apoiam o desenvolvimento a vários níveis, proporcionando emprego e rendimentos a muitas pessoas, desde o pessoal administrativo e de vendas, até aos comerciantes locais. Isso impacta diretamente as famílias, permitindo que enviem os seus filhos à escola e melhorem as suas condições de vida.
O projeto de roupas & calçadas de 2ª mão apoiam os bens essenciais das pessoas. A disponibilidade de roupas & calçadas a preços acessíveis permite que as pessoas se vistam com dignidade, sem comprometer o orçamento familiar.
A venda de roupas & calçados de segunda mão criou postos de trabalho e oportunidades para os jovens.
O comércio de roupa & calçado de 2ª mão é fundamental não apenas para a economia, mas também para a proteção ambiental. A reutilização de vestuário contribui para a sustentabilidade global, reduzindo a necessidade de produção de novos materiais.
Com a criação de um centro de triagem em 2020, as roupas são classificadas em 145 categorias e embaladas em fardos de 15 kg, 22 kg ou 45 kg, adaptando-se às necessidades dos vendedores. Atualmente, o projeto emprega 37 pessoas na triagem e vendas, e 190 vendedores compram os produtos para revenda no mercado.
Em 2024, as roupas & calçadas de 2ª mão doaram materiais de limpeza à agência do porto e 502 kg de roupas à solidariedade social.
O projeto opera conforme o Acordo Geral com o Governo da Guiné-Bissau.
Desde 2020, a separação das roupas por categorias tem sido um diferencial para os vendedores, garantindo a qualidade e o fortalecimento dos seus negócios.
693
Toneladas foram vendidos
549
Toneladas foram separadas em pequenos fardos
Empreendedorísmo
A formação em empreendedorismo é uma pedra angular da ADPP-GB, presente em diversas iniciativas educacionais da ADPP Escola Vocacional Bissorã, da Escola de Formação de Professores DNS-Bachil e no programa Clubes de Agricultores, apoiando assim grupos e indivíduos na aquisição de compreensão e competências empreendedoras.
O Centro de Ideias WACOMP apoiou o gabinete de empreendedorismo na Escola Vocacional, onde os jovens recebem instruções de como efetuar candidaturas a empregos.
Em 2024, 324 pessoas e organizações participaram de formações em empreendedorismo: 67 estudantes receberam formação intensiva durante seis meses; 94 jovens participaram em programas de formação de 15 dias; 87 cooperativas e associações nas regiões de Oio e Biombo foram treinadas em cursos de 15 dias e 76 estudantes graduados da ADPP Escola Vocacional Bissorã receberam formação em empreendedorismo.

Os Clubes de Agricultores atendem a dois objetivos principais: assegurar a segurança alimentar familiar e melhorar a economia local através da formação em empreendedorismo e processamento, capacitando as mulheres a serem economicamente sustentáveis. Em 2024, 133 agricultores das regiões de Gabu, Bafatá e Quinara foram capacitados em um curso de 15 dias.
A equipa de empreendedorismo acompanhou e apoiou os novos negócios estabelecidos: cinco cooperativas na produção de frangos, uma de alfaiate e duas de cabeleireiras.
Apoiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, União Europeia, CEDEAO/GIZ/Swiss Aid, parceiros da Humana People to People e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Guiné-Bissau.
324
Treinados
Plantação de Caju e Centro de Processamento de Caju
Os pequenos agricultores têm no caju a sua cultura de rendimento.
As maçãs de caju são bastante versáteis, podendo ser consumidas como fruta fresca, transformadas em sumos ou utilizadas para fazer compotas.
A castanha de caju é geralmente vendida crua por intermediários, o que limita o rendimento do agricultor.

Nos anos 80, a ADPP-GB estabeleceu plantações de caju e, nos últimos anos, alugou-as a pequenos agricultores em parcelas, variando de 4,15 hectares para até 147 agricultores. Estes agricultores agora conseguem obter um excedente enquanto pagam uma taxa à ADPP-GB, permitindo um aumento do seu rendimento.
Em 2024, uma equipa de plantação composta por 7 pessoas trabalhou arduamente para assegurar e melhorar o valor destas plantações.
Em 2024, os agricultores produziram 200 toneladas de castanha de caju fresca. A maioria dos agricultores entregava a sua produção ao centro de transformação de caju gerido pela ACACB (Associação de Clubes de Agricultores Comerciais de Bissorã).
Cerca de 60% da produção é processada e vendida para a empresa Naturkost Ernest Weber, na Alemanha, enquanto os restantes 40% são destinados ao mercado local.
A fábrica está a trabalhar para obter mais clientes locais e assegurar a produção em 2025.
200
Toneladas de Castanha de cajo