Como fazemos

A ADPP Guiné-Bissau prossegue em uníssono com o poder das pessoas mais carenciadas da Guiné-Bissau, criandoo futuro da nossa visão comum na área da saúde, educação,  preservação dos direitos humanos e igualdade de género, bem como o empoderamento económico e social das pessoas.

Beneficiando mais de 200.000 pessoas por ano, a organização centra-se na capacitação de indivíduos e comunidades através de programas de desenvolvimento nas áreas da Saúde, Educação, Agricultura e Ambiente e Economia e Empreendedorismo.

Ao promover a participação ativa das comunidades, a ADPP-GB encoraja o crescimento pessoal, social e económico, contribuindo assim para uma sociedade mais justa e equitativa.

Educação

A educação é um processo que envolve o aprendizado de conhecimentos, a compreensão desses conhecimentos e a aplicação prática para promover mudanças positivas nas comunidades locais, nacional e global.

É por isso que a ADPP Guiné-Bissau investe em programas de educação.

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A educação requer um esforço coletivo e é, por isso, um dos pilares importantes do desenvolvimento social e humano.

A educação não apenas concede conhecimento, mas também inspira e motiva as pessoas ao longo das suas vidas, sendo um reflexo do seu trabalho árduo.

Educar-se com o humilde propósito de contribuir para a educação dos outros cria orgulho pessoal e alegria duradoura, e com isso, o desenvolvimento pessoal nunca cessa.

A ADPP Guiné-Bissau mantém duas instituições educacionais permanentes:

A Escola de Formação de Professores DNS-Bachil e a ADPP Escola Vocacional Bissorã, cuja missão é capacitar os jovens a pensar no futuro e contribuir para o desenvolvimento das comunidades. Os currículos incluem extensas práticas comunitárias, permitindo que os alunos apliquem os seus conhecimentos em situações reais.

284

Professores formaram-se na ADPP Escola de Formação de Professores DNS- Bachil

2.681

Estudantes formaram-se na ADPP Escola Vocacional Bissorã

Agricultura e ambiente

A segurança alimentar é essencial para os 2 milhões de habitantes na Guiné-Bissau, especialmente considerando que 80% da população depende da agricultura para o seu sustento.

A maioria dos alimentos produzidos pelos pequenos agricultores são para consumo e venda para as cidades em crescimento.

A vulnerabilidade e a subnutrição são fatores que contribuem para a limitação do armazenamento e da transformação para utilização posterior.

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É necessário promover a resiliência e a cooperação entre os agricultores para que possam se adaptar às alterações climáticas.

Além disso, as infraestruturas e o apoio ao setor são limitados, os padrões de chuva mudam e os poços secam, o que afeta a produção e exige compreensão e adaptação.

Para se adaptarem, os pequenos agricultores precisam trabalhar em conjunto para serem resilientes e receberem apoio de ferramentas na produção e no processamento para garantir a segurança alimentar das suas famílias e comunidades.

A ADPP-GB tem vindo a trabalhar com os Clubes de Agricultores desde 2008, utilizando a metodologia dos Clubes de Agricultores com milhares de agricultores, visando o desenvolvimento e adaptação às mudanças constantes para garantir a segurança alimentar e proteger o ambiente.

Os jovens designados para as comunidades estão em formações de seis meses em Clubes de Agricultores na ADPP Escola Vocacional, Bissorã, e continuam durante um ano numa formação dialética nas comunidades, contribuindo assim para a sustentabilidade.

32.000

pessoas alcançadas em 2024

Apoiado pela União Europeia na Guiné-Bissau, Banco Africano de Desenvolvimento, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) & Deutsche Gesellschaft fur Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Universidade da Califórnia, Davis & USAID, Green Climate Funds, parceiros da Humana People to People e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e o Ministério do Ambiente.

Saúde

Até 2030, pretende-se acabar com as epidemias de VIH, tuberculose, malária e doenças tropicais, e lutar contra as hepatites, doenças de veiculação hídrica e outras doenças transmissiveis.

Os desafios da saúde na Guiné-Bissau estão profundamente interligados a fatores sociais e econômicos. A situação social instável e uma das mais baixas taxas de desenvolvimento humano complicam ainda mais o quadro.

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A taxa de prevalência do VIH é de cerca de 3,8% entre a população de 15 a 49 anos, com os tipos VIH 1 e 2 sendo os mais comuns.

Por sua vez, em relação à Saúde Sexual e Reprodutiva e Direitos, Mutilação Genital Feminina das mulheres entre os 15 e os 49 anos que tiveram alguma forma de Mutilação Genital Feminina é de 52,1%. Morrem 9.000 mulheres por cada 100.000 nascimentos.

Desde 2009, a ADPP-GB tem implementado vários programas de saúde, incluindo, prevenção de doenças, focados em programas de VIH, Saúde Sexual e Reprodutiva, Mutilação Genital Feminina, Fístula Obstétrica, Zika, Ébola, Covid e Malária.

Têm sido realizadas campanhas de água potável e saneamento, bem como campanhas de vacinação.

A ADPP-GB trabalha em colaboração com o Ministério da Saúde e ONGs, visando “assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar para todas as idades”. Em parceria com a Plan International em cinco regiões, o foco é a saúde sexual e reprodutiva e direito.

Para melhorar a saúde na Guiné-Bissau, é fundamental a participação ativa da comunidade. A saúde fortificada é imprescindível para a felicidade, bem-estar e desenvolvimento econômico. O conhecimento e a conscientização da comunidade são as primeiras linhas de defesa contra os desafios de saúde.

Apoio da União Europeia, DHAPP (Departamento do Programa de Prevenção do VIH), Ministério da Saúde Pública (Programa de VIH e TB do Fundo Global), Expertise France, Plan International, ONUSIDA, Camões, I. P., Coalition Plus, GAT e parceiros da Humana People to People. 

92.084

Pessoas  alcançadas em 2024

Economia e empreendedorismo

A Guiné-Bissau, apesar de ser um dos países mais pobres do mundo, é um viveiro de resiliência e criatividade, onde o espírito empreendedor é uma necessidade.

As metodologias e serviços da ADPP-GB apoiam grupos e indivíduos na aquisição de conhecimentos e competências para fazer negócios de sucesso.

Clothes Shoes

Angariação de fundos da ADPP, venda de roupas de segunda mão na Guiné-Bissau.

A ADPP-GB iniciou, em 1988, o projeto de angariação de fundos através da venda de roupas & calçados de 2ª mão. Esta iniciativa surgiu inicialmente para atender a emergências e gerar um pequeno rendimento para a implementação de projetos na Guiné-Bissau.

O projeto de roupas & calçadas de 2ª mão apoiam o desenvolvimento a vários níveis, proporcionando emprego e rendimentos a muitas pessoas, desde o pessoal administrativo e de vendas, até aos comerciantes locais. Isso impacta diretamente as famílias, permitindo que enviem os seus filhos à escola e melhorem as suas condições de vida.

O projeto de roupas & calçadas de 2ª mão apoiam os bens essenciais das pessoas. A disponibilidade de roupas & calçadas a preços acessíveis permite que as pessoas se vistam com dignidade, sem comprometer o orçamento familiar.

A venda de roupas & calçados de segunda mão criou postos de trabalho e oportunidades para os jovens.

O comércio de roupa & calçado de 2ª mão é fundamental não apenas para a economia, mas também para a proteção ambiental. A reutilização de vestuário contribui para a sustentabilidade global, reduzindo a necessidade de produção de novos materiais.

Com a criação de um centro de triagem em 2020, as roupas são classificadas em 145 categorias e embaladas em fardos de 15 kg, 22 kg ou 45 kg, adaptando-se às necessidades dos vendedores. Atualmente, o projeto emprega 37 pessoas na triagem e vendas, e 190 vendedores compram os produtos para revenda no mercado.

Em 2024, as roupas & calçadas de 2ª mão doaram materiais de limpeza à agência do porto e 502 kg de roupas à solidariedade social.

O projeto opera conforme o Acordo Geral com o Governo da Guiné-Bissau.

Desde 2020, a separação das roupas por categorias tem sido um diferencial para os vendedores, garantindo a qualidade e o fortalecimento dos seus negócios.

693 

Toneladas foram vendidos 

549   

Toneladas foram separadas em pequenos fardos

  

Empreendedorísmo

A formação em empreendedorismo é uma pedra angular da ADPP-GB, presente em diversas iniciativas educacionais da ADPP Escola Vocacional Bissorã, da Escola de Formação de Professores DNS-Bachil e no programa Clubes de Agricultores, apoiando assim grupos e indivíduos na aquisição de compreensão e competências empreendedoras.

O Centro de Ideias WACOMP apoiou o gabinete de empreendedorismo na Escola Vocacional, onde os jovens recebem instruções de como efetuar candidaturas a empregos.

Em 2024, 324 pessoas e organizações participaram de formações em empreendedorismo: 67 estudantes receberam formação intensiva durante seis meses; 94 jovens participaram em programas de formação de 15 dias; 87 cooperativas e associações nas regiões de Oio e Biombo foram treinadas em cursos de 15 dias e 76 estudantes graduados da ADPP Escola Vocacional Bissorã receberam formação em empreendedorismo.

PAIFJ

Os Clubes de Agricultores atendem a dois objetivos principais: assegurar a segurança alimentar familiar e melhorar a economia local através da formação em empreendedorismo e processamento, capacitando as mulheres a serem economicamente sustentáveis. Em 2024, 133 agricultores das regiões de Gabu, Bafatá e Quinara foram capacitados em um curso de 15 dias.

A equipa de empreendedorismo acompanhou e apoiou os novos negócios estabelecidos: cinco cooperativas na produção de frangos, uma de alfaiate e duas de cabeleireiras.

Apoiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, União Europeia, CEDEAO/GIZ/Swiss Aid, parceiros da Humana People to People e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Guiné-Bissau. 

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Treinados

Plantação de Caju e Centro de Processamento de Caju

Os pequenos agricultores têm no caju a sua cultura de rendimento.

As maçãs de caju são bastante versáteis, podendo ser consumidas como fruta fresca, transformadas em sumos ou utilizadas para fazer compotas.

A castanha de caju é geralmente vendida crua por intermediários, o que limita o rendimento do agricultor.

Fabrica de caju

Nos anos 80, a ADPP-GB estabeleceu plantações de caju e, nos últimos anos, alugou-as a pequenos agricultores em parcelas, variando de 4,15 hectares para até 147 agricultores. Estes agricultores agora conseguem obter um excedente enquanto pagam uma taxa à ADPP-GB, permitindo um aumento do seu rendimento.

Em 2024, uma equipa de plantação composta por 7 pessoas trabalhou arduamente para assegurar e melhorar o valor destas plantações.

Em 2024, os agricultores produziram 200 toneladas de castanha de caju fresca. A maioria dos agricultores entregava a sua produção ao centro de transformação de caju gerido pela ACACB (Associação de Clubes de Agricultores Comerciais de Bissorã).

Cerca de 60% da produção é processada e vendida para a empresa Naturkost Ernest Weber, na Alemanha, enquanto os restantes 40% são destinados ao mercado local.

A fábrica está a trabalhar para obter mais clientes locais e assegurar a produção em 2025. 

200

Toneladas de Castanha de cajo